O tratamento de água consiste na remoção de impurezas e contaminantes antes de destiná-la ao consumo. Isso porque a água sempre contém resíduos das substâncias presentes no meio ambiente como microorganismos e sais minerais, necessitando, pois, de tratamento para remover as impurezas que podem ser prejudiciais ao homem. O tratamento da água varia conforme a sua captação. Se ela for em águas subterrâneas de poços profundos, geralmente dispensa tratamento, pois essas águas são naturalmente filtradas pelo solo e, como não estão expostas, não foram contaminadas, logo também não apresentam turbidez. Necessitando apenas de uma desinfecção com cloro. Já para as águas captadas na superfície é necessário um tratamento especial que consiste em 8 fases:
1 – A oxidação é o primeiro passo, quando os metais presentes na água, principalmente ferro e manganês, são oxidados através da injeção de substâncias como o cloro, tornando-os insolúveis. O que permitirá sua remoção nas próximas etapas.
2 - Na coagulação, é feita a remoção das partículas de sujeira através de uma mistura rápida de sulfato de alumínio ou cloreto férrico que irão aglomerar os resíduos formando flocos.
3 – Em seguida, na etapa de floculação, a água é movimentada para que os flocos se misturem ganhando peso e consistência
4 – Na etapa de decantação, os flocos formados irão se separar da água, ficando armazenados no fundo dos tanques.
5 – Então, a água passa por um processo de filtração para retirar as impurezas restantes.
6 – Começa então o processo de desinfecção, quando a água já limpa recebe o cloro para eliminar germes que podem estar presentes e garantir que ela continue assim nas redes de distribuição e nos reservatórios.
7 – Em seguida, é necessária a correção do pH da água para evitar a corrosão da canalização das casas ou a incrustação
8 – Na última etapa, tem-se a fluoretação. A água recebe um composto de flúor chamado ácido fluossilícico que reduz a incidência de cárie dentária na população.
O tratamento da água é a principal forma de prevenir doenças como a leptospirose, a cólera e diversas outras que ameaçam a saúde humana. Entretanto, e infelizmente, mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável no mundo, seja por morarem em regiões secas ou por causa da poluição. Ocasionando a morte de cerca de 1,8 milhões de crianças no mundo todo por causa de doenças como a diarréia, provocadas pelo consumo de água contaminada e más condições de saneamento.
Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) que, no Brasil, se designa oficialmente também por Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), é uma infraestrutura que trata as águas residuais de origem doméstica e/ou industrial, comumente chamadas de esgotos sanitários ou despejos industriais, para depois serem escoadas para o mar ou rio com um nível de poluição aceitável através de um emissário, conforme a legislação vigente para o meio ambiente receptor.
Tratamento de esgoto
Pré tratamento
O esgoto é sujeito aos processos de separação dos sólidos mais grosseiros tais como a gradagem (no Brasil, chamado de gradeamento) que pode ser composto por grades grosseiras, grades finas e/ou peneiras rotativas, o desarenamento nas caixas de areia e o desengorduramento nas chamadas caixas de gordura ou em pré-decantadores.
Tratamento primário
Apesar do esgoto apresentar um aspecto ligeiramente mais razoável após a fase de pré-tratamento, possui ainda praticamente inalteradas as suas características poluidoras. A primeira fase de tratamento é designada por tratamento primário, onde a matéria poluente é separada da água por sedimentação nos sedimentadores primários.
Tratamento secundário
Segue-se, pois, o chamado processo de tratamento secundário, geralmente consistindo num processo biológico, do tipo lodo ativado ou do tipo filtro biológico, onde a matéria orgânica (poluente) é consumida por micro-organismos nos chamados reatores biológicos. Estes reatores são normalmente constituídos por tanques com grande quantidade de micro-organismos aeróbios, havendo por isso a necessidade de promover o seu arejamento. A eficiência de um tratamento secundário pode chegar a 95% ou mais dependendo da operação da ETE.
Tratamento terciário
Normalmente antes do lançamento final no corpo receptor, é necessário proceder à desinfecção das águas residuais tratadas para a remoção dos organismos patogênicos ou, em casos especiais, à remoção de determinados nutrientes, como o nitrogênio (azoto) e o fósforo, que podem potenciar, isoladamente e/ou em conjunto, a eutrofização das águas receptoras.
Remoção de nutrientes
Águas residuárias podem conter altos níveis de nutrientes como nitrogênio e fósforo. A emissão em excesso destes pode levar ao acúmulo de nutrientes, fenômeno chamado de eutrofização, que encoraja o crescimento excessivo (chamado Bloom) de algas eciano bactérias (algas azuis). A maior parte destas algas acaba morrendo, porém a decomposição das mesmas por bactérias remove oxigênio da água e a maioria dos peixes morre. Além disso, algumas espécies de algas produzem toxinas que contaminam as fontes de água potável (as chamadas cianotoxinas).
Há diferentes processos para remoção de nitrogênio e fósforo:
§ A Desnitrificação requer condições anóxicas (ausência de oxigênio) para que as comunidades biológicas apropriadas se formem. A desnitrificação é facilitada por um grande número de bactérias..
§ A Remoção de fósforo, que pode ser feita por precipitação química, geralmente com sais de ferro (ex. cloreto férrico) ou alumínio (ex. sulfato de alumínio). O lodo químico resultante é difícil de tratar e o uso dos produtos químicos torna-se caro. Apesar disso, a remoção química de fósforo requer equipamentos muito menores que os usados por remoção biológica.
Desinfecção
A desinfecção das águas residuais tratadas objetivam a remoção dos organismos patogênicos. O método de cloração também tem contribuído significativamente na redução de odores em estações de tratamento de esgoto.
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